O CAT, lá nos atendentes, ajuda a fazer esse meio de campo. Até por conta da experiência deles, eles ajudam a separar, mas o processo segue com o Eduardo (Belo) e o Saulo (Aride), que ajudam a escolher o que merece ser gravado. O roteiro é uma mescla do que vem deles com as minhas ideias. É muita coisa que recebemos, mesmo! No fim, são de 10 a 15 ligações na edição final. Na segunda-feira, fazemos as gravações, que seguem normalmente e tomando todos os cuidados devido ao coronavírus. 

Você concorda com o título de "voz da internet"? O quanto as interações nas redes ajudam no roteiro?
Eu vejo muito o que o pessoal posta, está claro que a internet nunca se envolveu tanto como nessa edição. Faço parte de um grupo gigante de WhatsApp de debates em que eu só tenho tempo de ler: é surreal! Às vezes, a meia hora e, quando volto, tem mais de mil mensagens. Gosto de levar a discussão das páginas, do Twitter, Instagram e tudo isso para o programa, mas eu cuido com quem não tem o. Minha mãe, por exemplo, não a nada e é totalmente de só assistir pela TV. Gosto de ouvir ela, as amigas dela (risos) e tento levar o pessoal offline em conta. Como chego no Projac três horas antes de gravar, em média, a gente conversa muito e, muitas vezes, o roteiro muda até nos últimos cinco minutos.

Uma pessoa sugeriu que deveriam tirar o Pyong, do nada, quando ele nem estava no paredão. Quais outros pedidos bizarros vocês já receberam?
Uma vez um cara ligou dizendo que deveria entrar na casa, porque era perfeito e estava se sentindo desprezado, até porque tinha mandado a inscrição por vários anos. Perguntamos se ele não tinha sido chamado para as seletivas e ele estava em choque. Ele falava como se já estivesse dentro da casa, falando que iria ser um personagem duplo. No ano que vem, ele aparece de novo (risos).

O que achava do Daniel? Por ser gaúcho, como você viu a movimentação dele no jogo? As pegadas no pé dele são por conta das redes, certo?
Achava o Daniel maravilhoso para o jogo. Foi triste ver ele sair, porque era uma peça importante. Gosto dele, porque o Daniel é ele o tempo todo, o público queria tirar ele e, falando como apresentador, ele vai fazer falta. Cada pessoa que sai dá uma dor no coração. Parecia que perseguia ele um pouco, mas sempre buscamos falar de todos. 

Como é tua relação com o programa? Sempre assiste? Tem contato com outros brothers do ado?
Nos últimos três anos, por conta de trabalho, tenho trabalhando muito, então estava vendo menos. Com show de stand-up todo fíndi, minha mãe ia me mandando as atualizações no WhatsApp (risos). Eu converso com alguns brothers das outras edições, como o Max, que é muito foda e me marcou muito. O Papito, da edição retrasada mesmo, eu acompanhei pouco mas troco mensagem. O Kaysar é outro que foi super emocionante de conhecer. Trabalhamos juntos nos bastidores do filme Carceireiros e ele me abraçou forte, porque eu compus João de Barro, gravado pela Maria Gadú. "Caraco, você que escreveu!", disse ele. 

E sobre essa edição, qual é a sua torcida? Alguma final possível?
Não posso falar nada, mas eu quero mesmo é que todo mundo brigue, para que fique incrível (risos). Estou feliz com o programa e falo de coração, tem sido sucesso, é muito prazeroso. Cada um é fundamental. Não consigo pensar em quem deve levar, mas minha torcida é que  eles se envolvam, briguem, que tenha confusão mesmo.

Você toparia entrar no "BBB"? E qual tipo de postura teria? Alguma curiosidade da casa?
Eu só entraria pela minha mãe, porque ela ama muito. Ficaria uma semana no máximo, porque iria ficar o tempo todo querendo sair. Até falei com o Boninho sobre entrar escondido em uma festa, mas por enquanto, por conta do coronavírus, isso ficou de lado. Vamos ver.

O que explica o sucesso dessa edição do reality?
Acho que o elenco foi um baita acerto e o Big Brother estar em uma edição de aniversário trouxe essa coisa de fazer algo bem "porrada mesmo". As homenagens no monstro e nas provas aos outros anos também meio que trouxe uma nostalgia. Isso mexe com o que sentimos, está muito legal isso de você odiar uma pessoa em uma semana, e depois de um tempo tu ama. Eu entrei no BBB certo, me sinto privilegiado, por conta de tudo o que tem em volta.

Como você faz para oxigenar a sua produção de esquetes e quadros humorísticos? Algum segredo?  
Tenho privilégio de fazer o A Culpa é do Cabral, no Comedy Central (canal pago), com o Fabiano Cambota, Rodrigo Marques, Thiago Ventura e o Nando Viana. Tenho muita iração por eles, que são verdadeiras referências e que acabo levando para o meu show. O Porta dos Fundos foi outra escola e acho que tendo essas pessoas todas do meu lado, eu aprendo com todas, é uma galera muito foda. 

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