Como as histórias não são interligadas, não é preciso seguir a ordem dos capítulos, mas vale conferir todas. Como a de Tinker Hatfield, designer da Nike e criador do icônico Air Jordan, tênis com mais de 20 gerações que teve em seu estudo inicial os impactos específicos sofridos pelos pés de jogadores de basquete – e um dos pioneiros nos estudos de calçados destinados para cada tipo de atividade física.
Nascida no Reino Unido, a cenógrafa Es Devlin (o primeiro nome é uma abreviação de Esmeralda) iniciou sua trajetória em peças teatrais com plateias que não avam de 80 pessoas e, para solucionar o pouco espaço do palco, criou seus cenários em projeções – que hoje levam o público ao delírio em shows de astros como Kayne West, Beyoncé e Adele.
Alguns dos personagens são tão geniais quanto polêmicos, como o arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels. Ao mesmo tempo em que descobrimos suas soluções que envolvem sustentabilidade, fantasia e métodos construtivos que otimizam tempo e orçamento, ouvimos as críticas que o profissional recebe. É o exemplo mais claro de como quebrar barreiras é tarefa para os fortes – e incríveis.
Em tempos de crise econômica, reinventar uma marca pode extrapolar a pressão sobre um setor como o de produção, como visto na idealização do protótipo do SM-1, carro autônomo que o norte-americano Ralph Gilles criou para a Chrysler. Uma narrativa explícita do quão vital é um setor de design dentro de uma empresa.
Para quem quer entender o nascimento da tipografia que faz Nova York ser onipresente no imaginário mesmo de quem sequer visitou a Big Apple, o sexto episódio é uma parada certeira. Paula Scher, mais do que designer gráfica, é ela própria um símbolo pop da cidade, começando pelas letras dos cartazes do The Public Theater, que cria desde 1984.
Entre tantas histórias, encanta o trabalho do fotógrafo inglês criado na Grécia Platon, o homem atrás de cliques dos principais chefes de Estado do mundo em publicações como a capa da revista Times. Um retrato de Platon pode ser identificado pela expressividade do olhar e a força impressa em mãos em primeiro plano. Mas desfilar em meio ao cinismo do poder não tirou dele a delicadeza necessária para um projeto que expôs ao mundo a tristeza de mulheres grávidas após sofrerem abusos sexuais no Congo.
Fecha a lista a designer de interiores Ilse Crawford, de Londres. Aqui, a criatividade também ganhou uma conotação sobre a capacidade de se reinventar. Ilse era editora de uma revista de decoração e ou do universo em duas dimensões para o 3D. E elevou a protagonista uma questão recorrente em todos os episódios: a importância da empatia.
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