Desde cedo, eles disputam a atenção dos pais, Halim (Antonio Caloni/Antonio Fagundes) e Zana (Juliana Paes/Eliane Giardini), e o amor da jovem Lívia (Monique Bourscheid/Bárbara Evans). Assim como no livro, a história é narrada por Nael (Irandhir Santos), filho de Domingas (Zahy Guajajara), um misto de agregada e empregada da família dos gêmeos. Assim como fez em trabalhos anteriores, como Velho Chico, Carvalho consegue extrair dos atores suas melhores performances. Assim, vemos uma Juliana Paes impecável, distante dos papéis a que nos habituamos a vê-la e um dos destaques da produção. Da mesma forma, o jovem Matheus Abreu, que além de muito parecido com Cauã Reymond consegue dar a carga dramática que o papel duplo exige.
Dois Irmãos tem um narrativa que exige atenção plena do público, pelo menos nos três primeiros episódios vistos até aqui. Tem muitas nuances, saltos temporais e é lenta – as vezes, cansa, é bem verdade –, permeada por muitos diálogos. Tudo isso, sob o pano de fundo de uma fotografia estourada e planos cinematográficos impactantes. Sem contar a trilha sonora fantástica e cenários e figurinos detalhistas ao extremo.
Por ser uma obra curta – terá apenas 10 episódios –, tem tudo para cativar público e crítica. Mais uma prova de que é nas séries que a Globo consegue inovar com qualidade.
DOIS IRMÃOS
Minissérie exibida de segunda a sexta, até o dia 20, após a novela A Lei do Amor.
RBS TV (também disponível na plataforma Globo Play, que antecipa os episódios).