Toquei pela primeira vez no Circo Voador no dia 25 de outubro de 1986, em um show coletivo que comemorava o aniversário da lendária casa de shows. Engenheiros do Hawaii dava seus primeiros os fora do Sul com um disco chamado Longe Demais das Capitais debaixo do braço e muitos sonhos na cabeça.

Uma lembrança prosaica da noite: Celso Blues Boys era a atração principal, mas pediu para tocar antes da gente pois queria assistir ao Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 que, na madrugada brasileira, definiria um dramalhão mexicano que se arrastava há meses. Estrelado por Nelson Piquet e Nigel Mansell.

Desde sempre, a cena musical alterna ciclos de generosidade e caretice. O Circo Voador e os anos 1980 marcam, para mim, uma dessas fases em que público, artistas, casas de show, imprensa etc. estão mais generosos, menos preguiçosos. Eletricidade no ar.
Voltei a tocar no Circo Voador em 1994 e 1995. Em 2005, gravei ali um especial para a MTV e, em 2011, foi a vez de levar ao picadeiro outro espetáculo: o Pouca Vogal.

Piquet já parou de correr faz tempo (até o filho dele já abandonou a Fórmula 1!) e eu sigo por aí. Pois é… Acho que meu lance é mais maratona do que 100 metros rasos.

Trailer de A Farra do Circo

Show do Barão Vermelho em outubro de 1983

 

Barão Vermelho e Caetano Veloso em 1983

Paralamas do Sucesso em 1983

Reportagem dos anos 1970 sobre o Asdrubal Trouxe o Trombone

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