Maurício Pereira, que se apresentou no Porto Verão Alegre do ano ado com o duo Os Mulheres Negras, ao lado de André Abujamra, retorna para um show nesta sexta-feira (23). Ao lado de Tonho Penhasco (guitarra), o paulistano de 59 anos leva ao Agulha a sua poesia urbana com o espetáculo #OutonoMICRO, versão reduzida do show do disco Outono no Sudeste (2018), com melodias ancoradas em jazz, samba e soul. No repertório figuram as canções Tudo Tinha Ruído, Pra Onde que Eu Tava Indo e o hit indie Trovoa, entre outras.
— Esse show surgiu quando lancei meu disco Pra Onde que Eu Tava Indo, em 2014. Um show mais enxuto, pra poder cair na estrada. Mas a arte tem seus mistérios… Ao longo dos anos, o Tonho foi chegando em arranjos muito particulares na guitarra e eu fui achando um jeito mais poético de cantar. Gostei tanto que penso até em gravar esse trabalho.
Na mesma noite, Juliano Guerra apresenta seu álbum mais recente, Neura — o gaúcho natural de Canguçu ganhou neste ano o Prêmio Açorianos de melhor compositor de MPB. As apresentações celebram o aniversário de cinco anos do selo fonográfico Escápula Records, sediado na cidade de Pelotas e que lançou trabalhos de músicos como Ian Ramil, Thiago Ramil, Alpargatos, Kiai Grupo e Paola Kirst.
Após oito anos, Lucas Santtana retorna a Porto Alegre para uma apresentação definida como um “convite para uma boa prosa”, em que deve revisitar músicas como Cira, Regina e Nana, Partículas de Amor e Para Onde Irá Essa Noite?, além de apresentar outras ainda inéditas, que estarão no oitavo disco de sua carreira, com lançamento previsto para outubro. O cantor se lembra com carinho daquele show na Capital, apesar de não ter mobilizado muito público:
— Foi um dos cinco top da minha vida. Só tinha umas 50 pessoas, e entramos no palco arrasados. Mas essas poucas pessoas faziam tanto barulho entre as músicas que a gente foi animando, animando. No meio do show, chamei todo mundo para o palco, e, a partir daí, foi uma balada nossa — afirma Lucas.
— Até hoje esse papo surge com a galera vez por outra. Foi um grande aprendizado de vida. Espero que este show no sábado seja igualmente especial.
Desta vez, o formato do show é mais intimista. Além do violão, o músico levará para o palco do Agulha guitarra e pedaleira, para momentos com as texturas de som que caracterizam o seu mais recente trabalho de estúdio, Modo Avião, de 2017.
— O legal desses shows solo é que você fica muito próximo das pessoas, e, sem o aparato de banda, a palavra, o que está sendo dito e transmitido, ganha muito mais força. Por isso a coisa da prosa e da poesia.