No evento, Nando tocou sucessos como Isso aqui tá bom demais, De volta ao meu aconchego e Gostoso demais – hits interpretados por nomes como Dominguinhos e Elba Ramalho. Porém, quando recitou um trecho de É só você querer ("O meu amor é seu / É só você querer / Eu faço qualquer coisa / Pra ficar com você"), provocou uma reação mais excitada da plateia.
– Ai, que delícia! – exclamou uma mulher da plateia, que, em seguida, ou uma cantada no compositor, o convidando para sua casa.
Sá tocou clássicos de sua parceria com Guarabyra, como Sobradinho e Roque Santeiro (tema da novela homônima da Globo, exibida em 1985). Aliás, ele também explanou sobre outra música de autoria da dupla que era trilha sonora do folhetim: Dona, tema da viúva Porcina (Regina Duarte).
– Uma vez estávamos em um hotel, em Goiânia. De repente, ouvi umas batidas no chão, vindas do andar de baixo. Fui ver e era o Guarabyra. "Ficou maluco? Vai ficar socando o teto?". Ele disse que estava terminando uma música e que eu precisava vê-la. Na época, o Guarabyra tinha uma namorada poderosíssima, no caso, que mandava nele – lembra o cantor.
Como a dupla já estava com duas faixas na novela, a produção do folhetim achou melhor que a canção inspirada em uma amante arbitrária fosse executada por outro grupo, que acabou sendo o Roupa Nova.
Sullivan e Massadas encerraram o no melhor clima de final de festa de casamento tocando Whisky a go go e levantando a plateia. Mas teve bis: um medley de Uni duni tê e É de chocolate, sucessos do Trem da Alegria e da Xuxa, respectivamente. Só faltou Lua de cristal, outro clássico da dupla. Durante as canções infantis, as senhoras de faixa etária acima dos 60 anos, em média, cantaram e dançaram os sucessos direcionados para as crianças no anos 1980, época em que já eram bem adultas.
– É a terceira infância – definiu Massadas ao encerrar.
– São músicas infantis trabalhadas como se fossem para adultos, com arranjos e melodias muito bem feitas. Só a letra que dava uma mudada no discurso. Por isso que até hoje tanto a juventude quanto pessoas de 60 ou 70 anos curtem – analisa Sullivan.
Ou seja, isto que é música.