A comissão de Direitos Humanos da Nova Zelândia se pronunciou no site de informação stuff.co.nz após as críticas. "Esperamos que a Disney compreenda as opiniões das comunidades e dos povos que caracteriza no filme", indicou a comissão.

Em meio às críticas, há alguns partidários do filme. A jornalista neozelandesa de origem samoana Madeleine Chapman é um deles. "Depois de ver por anos nos aniversários pequenos Homens-Aranha samoanos e Batman bronzeados, seria verdadeiramente pouco crível ver crianças brancas fantasiadas de heróis polinésios?", escreveu no site thespinoff.co.nz.

Nesta quinta-feira, a Disney decidiu voltar atrás.

"A equipe de Moama tomou muito cuidado na hora de respeitar as culturas das ilhas do Pacífico nas quais o filme se inspira e lamentamos que a fantasia de Maui tenha sido ofensiva", disse o grupo em um comunicado. "Apresentamos nossas sinceras desculpas e retiramos a fantasia de nossas lojas", indicou o estúdio.

No festival de cinema de animação de Annecy, no mês de junho, John Musker e Ron Clements se mostraram muito abertos à cultura do Pacífico. Para preparar o filme e entender a cultura local, os dois autores e suas equipes realizaram longas viagens às ilhas do Pacífico, onde se reuniram com antropólogos.

– Estas viagens modificaram completamente nossa percepção da história que desejamos contar", disse John Musker. – Queríamos contar o que aconteceu ali há 3 mil anos. Os maoris eram navegantes muito bons que se moviam no mar por instinto. Conseguiram conectar os oceanos.

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