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Ao contrário dos que se negaram a fotografar o filho de Maura, Marileia sempre quis registrar crianças portadoras de síndrome de Down, autismo e outras necessidades especiais. Quando se tornou profissional da imagem, em 2012, ela pesquisou cursos que lhe ajudassem a se aperfeiçoar na área, mas não os encontrou. Dois anos depois, por conta própria, decidiu que começaria a fotografá-las gratuitamente. No ensaio mais recente, crianças e adolescentes representaram esportes olímpicos. Leonardo foi um dos modelos. Para Marileia, a fotografia pode se transformar numa forma de inclusão social e de combate ao preconceito contra crianças e adultos com deficiências.

Leonardo sorri para Mari Schmitt

Depoimento de Mari Schmitt

Iniciativa
"Por não encontrar cursos, comecei o projeto sozinha. Visitei escolas especializadas e convidei familiares de crianças portadoras de síndrome de Down e autistas para um primeiro contato. Na primeira vez, fotografei cinco crianças individualmente, mas em instituições especializadas. Neste ano, fiz diferente: postei no Facebook chamando possíveis interessados. Seis famílias se candidataram. Fiz todas as fotos no mesmo dia, com o tema Olimpíadas. Não cobrei nada."

iração
"As crianças e os adolescentes se sentem confortáveis quando demonstro minha iração por eles. É preciso paciência, sim. Mas a dificuldade é a mesma com qualquer pessoa fotografada. Cada um tem uma personalidade e um temperamento diferente."

Inclusão
"Uso o projeto tanto para minha aprendizagem, quanto para mostrar às pessoas estas lindas crianças nas fotos. O mundo não precisa vê-las com olhos diferentes. Elas são como qualquer outro ser humano, mas com limitações."

Leonardo com a mãe, Maura

Depoimento de Maura

Desconfiança

"Inicialmente, fiquei desconfiada, pois estranhei o fato de uma profissional da fotografia ter interesse em fotografar uma pessoa com deficiência. Normalmente, as pessoas não querem olhar. Não veem beleza, enxergam a deficiência."

Preconceito
"Vejo as reações na rua, o medo e o preconceito diante de pessoas como o meu filho. Mas é preciso entender que todos têm a sua beleza."

Mágica
"Por ser mãe de um adolescente com síndrome de Down, sei o que essas crianças e adolescentes am devido ao preconceito das pessoas. Esse projeto dá visibilidade e mostra que ser diferente é normal. Até em casa, o Leonardo abaixa a cabeça, mas a Mari consegue pegar ele olhando diretamente para a câmera. Ela é mágica!"

Confira o trabalho de Mari Schmitt: Especiais do Bem


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