Como boa parte dos brasileiros, sou neto de refugiados. Gente que fugiu da perseguição e da miséria. Tanto faz a cor da pele, a língua ou a religião. O drama da Síria, do Haiti e de tantos outros lugares – também trabalhados no colégio – é o drama de todos nós, humanos.
Só me choquei com um aspecto do debate. Minoritário, é bom ressaltar: algumas pessoas escorregaram para o preconceito contra os muçulmanos, como se a quase totalidade dos que sofrem o horror da guerra não fosse composta por inocentes.
Os tapumes que protegem a obra de ampliação da escola estão ajudando a construir algo bem mais importante do que um prédio: solidariedade e consciência humana.
Nada é mais importante do que isso. É a escola cumprindo um dos seus papéis mais nobres e necessários. Só me resta agradecer ao Farroupilha por mais essa lição.