População desempregada atinge recorde de 12,9 milhões de pessoas
Dólar fecha com valorização de 1,85% após discurso de Trump
Brasileiro Everton Luiz é alvo de racismo e deixa campo chorando

Tenho calafrios sempre que leio sobre o endividamento das famílias. E as notícias aparecem toda hora. Escolha uma estatística: por exemplo, a da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em uma amostra de 18 mil consumidores, 55,6% estavam endividados em janeiro. É o menor índice desde junho de 2010, mas ainda assim é alto. Continua sendo mais da metade dos participantes. O cartão – modalidade caríssima de crédito – foi apontado como a principal dívida pela grande maioria (77,3% do total), sejam ricos ou pobres.

Tudo isso só faz aumentar a minha fascinação pelos divulgadores da economia radical. Pense nos impropérios que eles devem ouvir por aí. Afinal, no Brasil, quem não gasta todo o dinheiro do mês é pão-duro, sovina, mau caráter. Gente boa financia o carro do ano em prestações que não cabem no bolso. Compra uma TV maior. Pede um novo cartão de crédito quando estoura o limite do outro.

Para ser bem realista, acredito no meio-termo. Ponderação, sensatez, escolha a palavra que quiser. Se não desejar fazer nenhum sacrifício, quem sabe economize o que puder para qualquer emergência, nem digo ficar rico. Apenas sair da lista de endividados. Não quero ver você na próxima estatística, hein!

CONTINUE LENDO O INFORME ESPECIAL DESTE FIM DE SEMANA (25/2 e 26/2)

FUTURO
Conversas em grupo, conteúdos multimídia e outros recursos. O Google está apostando na tecnologia RCS para melhorar, no sistema Android, a troca de mensagens até agora conhecida como SMS. O aplicativo ficará parecido com WhatsApp e iMessage.

ARTE POP
O site canadense Today is Art Day criou uma campanha de financiamento coletivo para confeccionar bonecos de Van Gogh. Com cerca de 12 centímetros de altura, a versão em PVC do pintor pós-impressionista conta com duas orelhas removíveis – caso o cliente queira ser fiel à história, é recomendável retirar somente a esquerda. A ideia é que seja o primeiro de uma série de artistas homenageados. Clique aqui para saber mais.

DUAS PERGUNTAS – Ana Maria Gonçalves

Ana Maria Gonçalves, escritora, autora de Um Defeito de Cor (Record)

1. Quais são as particularidades do racismo presente no Brasil?
O racismo brasileiro é baseado no preconceito de cor ou, como chamou o sociólogo Oracy Nogueira, preconceito de marca. Ele se baseia na aparência do indivíduo, diferente dos EUA, onde basta a suposição de que ele descende de determinado grupo étnico, chamado de preconceito de origem. Existem vários tipos de racismo, sendo os principais: racismo pessoal (aparece em crenças, pensamentos e atitudes de indivíduos racistas), racismo social ou sociocultural (manifestado por grupo de pessoas e expresso através de religião, cultura popular, propagandas, mídia etc.) e racismo institucional ou estrutural (dá-se através da inferiorização, antipatia e/ou descaso manifestos por instituições, como escolas, polícia, sistema educacional, sistema judiciário etc).

2. O que podemos fazer para que o país seja menos racista?
Primeiro, entender o que é racismo e reconhecer sua existência e os males que ele causa, não apenas aos indivíduos que são alvo de racismo, mas à sociedade como um todo. Nenhuma sociedade será plena e digna se metade dos seus indivíduos é impedida do pleno exercício da cidadania. Reconhecendo que ele existe, combatê-lo por meio de vigilância individual – policiar-se em relação a pensamentos e ações racistas – e políticas públicas visando desconstruir um sistema que é estrutural e estruturante e que vai continuar sendo assim se não sofrer interferência.

TRIBUNA – AQUI, O LEITOR TEM A PALAVRA FINAL

Sobre a crônica "Reviravoltas mirabolantes" (18 e 19/2), a respeito da dinâmica entre direita e esquerda:

Fábio,
[...]
Harmonizam-se nossas ideias – a tua e a minha – quando aludes à inexistência de neutralidade na análise dos fenômenos políticos, "pois a visão de mundo é informada por nossos valores". De outra parte, observo que se trata de discurso de direita a morte das ideologias. Não sei com que finalidade. Por último, ainda que crítico implacável do atual e ilegítimo governo – e sou! –, não posso concordar com o tratamento dispensado por ti à greve dos policiais no ES. De fato, trata-se de movimento que, além de se ocultar atrás de mulheres – mães e esposas de policiais –, produziu 121 mortes e deixou refém a população de Vitória e de outras localidades. Não só deveria ser reprimida como indiciados criminalmente os responsáveis pela absurda e brutal chacina.

Paulo de Assis Bergman

Sobre a nota "Lembrete" (21/2), a respeito de bancos brasileiros que permitem saque sem cartão:

No Informe Especial de hoje (21/2), sob o título "Lembrete", Fábio Prikladnicki citou o Banco do Brasil como exemplo de banco que permite saques com um código gerado por um aplicativo no celular. Muito bem. Apenas gostaria de lembrar que o Banrisul, cuja privatização é tão aplaudida por ZH, também possui semelhante aplicativo, o que facilita muito a vida de seus correntistas.
João A. Pessil

Sobre a nota "Mobilização" (23/2), a respeito do Fórum em Defesa da Previdência:

Ao ler a notícia "Mobilização" no Informe de hoje em ZH, me lembrei da frase no livro Il Gattopardo, de Giuseppe di Lampedusa: "Os funcionários públicos, os homens do governo, são hábeis em confundir, em misturar, seus precisos interesses particulares com o difuso interesse público". Sindicatos de servidores públicos, reunidos num anfiteatro do TRT, mobilizados contra a reforma da Previdência. O que pode ser mais emblemático?
Antonio Rissato

Sobre a aprovação de Alexandre de Moraes para o STF, abordada em diferentes notas:

Como a ministra Cármen Lúcia não gosta de festa, gosta de processo, ela pode sugerir que a festa de posse do novo ministro não seja feita no Supremo – mas no Senado.
Luiz Andreola

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