Procurado pela coluna, Crispim disse, inicialmente, que não gostaria de comentar o áudio. Depois, mencionou que registrou ocorrência policial, entrou na Justiça para buscar apuração sobre o ocorrido e reiterou que não deseja o impeachment de Bolsonaro.
— Eu apoio o presidente Bolsonaro, quem me elegeu foi ele. Isso (vazamento) a polícia e a Justiça vão resolver. Se fosse verdade, é uma interceptação telefônica ilegal. Se não, estão botando essa imagem com o interesse de me difamar e desmoralizar
Crispim criticou o fato de que o áudio da chamada ter sido compartilhado em vídeo junto a uma imagem com os dizeres: “Nereu Crispim pede impeachment de Bolsonaro” e reiterou que “jamais faria isso”.
Diante da insistência sobre confirmar sua voz e a veracidade no áudio, foi evasivo, mas não negou:
—Isso (veracidade) a Justiça vai decidir.
Único deputado federal gaúcho a permanecer no PSL após a saída de Bolsonaro, Crispim é aliado de Luciano Bivar e preside o partido no Estado desde maio de 2019. Apesar de não acompanhar o presidente no novo partido, diz que continuará apoiando as pautas defendidas durante a campanha eleitoral.
No dia 15 de novembro, Crispim publicou um vídeo nas redes sociais em que reafirma a lealdade a Bolsonaro e diz que procurará a Justiça para punir quem publicar notícias falsas a seu respeito.