– Eu fico a ver navios, porque investi tempo e dinheiro nisso. Não é fácil fazer plano de prevenção contra incêndio, conseguir alvará da secretaria e licença sanitária, e eu tenho tudo isso, mas me sinto sozinho na luta para poder trabalhar. Aceito fechar mais cedo, embora tenha permissão para funcionar até as 2h, mas esse bar é o sustento da minha família, da minha mãe, do meu irmão que é especial – desabafa Lucas.
Ele afirma ter um projeto para expandir A Toca, o que permitiria aos clientes beberem do lado de dentro, mas "não haverá recursos para isso com as portas fechadas". O governo Marchezan já estuda um decreto para vetar todos os bares sem espaço próprio para consumo. A Toca, assim, estaria liquidada.
– Comecei uma campanha para o nosso público cuidar do bairro, jogar lixo no lixo, não urinar na rua. Também mandei e-mail para a associação de moradores, porque estou tentando dialogar com eles – afirma Lucas.