São vários fatores. Com as figurinhas, a criança tem um produto de socialização. Gera um incentivo dos pais para tirá-las um pouco do mundo digital. Pelo amor ao futebol e, também, pelo momento fantástico da Seleção brasileira. Então, são ingredientes que fazem o sucesso do produto.

Aumentou em relação a copas anteriores?
Sim. Vemos crianças e adultos colecionando. Tivemos períodos com produção de 8 milhões de envelopes por dia. De álbuns, colocamos 7 milhões na rua. Na verdade, a produção diminuiu, porque o mercado está abastecido. Conforme a demanda, vamos produzindo. A Panini é a única empresa com autorização para fazer o álbum oficial da Copa do Mundo. Estamos em mais de 80 países distribuindo esse álbum.

E o Brasil em relação a outros países?
A procura é bem intensa em todos os países. O Brasil acaba sendo o país com o maior destaque. Na Alemanha e no Peru há grande procura também. Até nos Estados Unidos, onde o futebol não é o principal esporte. Mas o Brasil é o maior mercado do ranking entre os países em que a Panini distribui.

Há uma curiosidade entre os colecionadores: as figurinhas especiais tem tiragem relativa menor?
Toda figurinha, especial ou não, tem a mesma tiragem. São 682 figurinhas. Mas as especiais são 50. Então, o percentual das figurinhas especiais em relação às normais é menor. Acaba sendo menor, no envelopamento, que as outras. 

O que é feito para não haver concentração de figurinhas repetidas?
Tomamos cuidado para não ter muita repetição para o colecionador, para que ele complete o álbum. É o nosso segredo industrial. Quando faltam 40 figurinhas no álbum, também é possível pedir no atendimento ao consumidor, pagando a figurinha unitária, para receber em casa e completar. É importante porque incentivamos a preencher o álbum. Pela internet pode pedir até 40 figurinhas por F. O preço é o mesmo: cada cromo por R$ 0,40. 

Como é feito o pedido das figurinhas?
Pode pedir pelo site e também ligar para saber mais informações com a área de atendimento ao consumidor. É só ar lojapanini.com.br. Hoje, por ser o álbum da Copa, a demanda está alta e a demora é de até 30 dias. Também incentivamos muito a troca de figurinhas. Há apoio de professores, pedagogos e pais. Cria uma socialização, resgata um pouco a brincadeira do "bafo" e isso ajuda a criança, quando menorzinha, na coordenação motora. Em escolas, até adotaram o álbum para ajudar na geografia e um pouco na história. Bem interessante. E também tiramos a criança um pouco do celular e do tablet. Há ainda um público de adulto, que curte muito e coleciona.

A greve dos caminhoneiros afetou a distribuição?
Não. Como nós lançamos o produto dia 16 março, os pontos de venda — banca, supermercados e livrarias — estavam bem abastecidos. Não afetou em nada a produção e a entrega.

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